Quando se fala em parcerias internacionais, o nome de Anitta costuma vir acompanhado de elogios, ambição e conquistas — mas também de polêmicas.
Uma das mais comentadas nos últimos anos envolve Iggy Azalea, a rapper australiana que abriu as portas do mercado norte-americano para a brasileira e acabou recebendo, segundo muitos fãs e críticos, ingratidão em troca.
Essa história, que começou como uma oportunidade histórica para Anitta, acabou se transformando em mais um capítulo da longa lista de desentendimentos da artista com colegas e colaboradores. E, junto com ela, veio à tona o comportamento cada vez mais tóxico de uma parte de seus fãs, que atacam qualquer um que critique a cantora.
1. A parceria que mudou tudo — e a falta de reconhecimento
Em 2019, Iggy Azalea convidou Anitta para participar da música “Switch”, uma faixa que marcou o primeiro passo da brasileira em uma grande produção internacional. A australiana, já consolidada nos Estados Unidos, apostou no carisma e na energia de Anitta, acreditando que a parceria traria algo novo para o público americano.
Iggy não só gravou o single com Anitta, como também a levou para sua primeira apresentação oficial em um palco dos Estados Unidos, um gesto que muitos viram como generoso e arriscado, já que Anitta ainda era praticamente desconhecida no país.
No entanto, pouco tempo depois, surgiram rumores de desentendimentos entre as duas. O videoclipe oficial de “Switch” acabou vazando e foi retirado do ar, e, segundo fontes próximas, Anitta teria se distanciado de Iggy, preferindo se associar a outros artistas mais populares. Para muitos fãs de Iggy, isso soou como ingratidão pura — afinal, foi ela quem ofereceu a primeira chance real da brasileira fora da América Latina.
Iggy, conhecida por ser direta e sincera, chegou a curtir comentários nas redes sociais que chamavam Anitta de “falsa” e “oportunista”, o que só alimentou a percepção de que a relação das duas havia azedado.
2. A fama de Anitta e suas constantes brigas
Essa não foi a primeira nem a última vez que Anitta se envolveu em conflitos com outros artistas. A cantora acumula uma série de desavenças públicas, tanto no Brasil quanto no exterior. No país, já teve atritos com Ludmilla, Pabllo Vittar, Simaria, Preta Gil, Léo Dias e até com ex-amigos e empresários.
Cada novo projeto parece vir acompanhado de uma nova briga ou polêmica, o que tem feito muitos observadores questionarem se o problema realmente está nos outros — ou na própria Anitta.
Muitos ex-colaboradores relatam que a cantora é extremamente controladora, com dificuldade de lidar com críticas e uma necessidade constante de estar no centro das atenções. Esse comportamento, embora possa ser útil em uma carreira competitiva, frequentemente gera rupturas.
Quando Anitta brigou com Ludmilla, por exemplo, fãs das duas travaram uma guerra virtual que envolveu ataques racistas e ofensas pessoais. O mesmo se repetiu quando ela rompeu com Pabllo Vittar, gerando campanhas de cancelamento e discursos de ódio nas redes.
Com Iggy Azalea, a história foi semelhante, só que em escala global. Fãs brasileiros chegaram a invadir as redes de Iggy para defendê-la de críticas que ela sequer fez diretamente — transformando um simples desentendimento profissional em uma verdadeira guerra virtual.
3. O comportamento doentio dos fãs
Um dos fenômenos mais preocupantes da cultura pop moderna é o comportamento tóxico e quase fanático de certos grupos de fãs — e os chamados “Anitters” não estão fora disso.
Quando alguém ousa criticar Anitta, mesmo de forma construtiva, é imediatamente atacado por enxurradas de mensagens agressivas, insultos e até ameaças.
No caso de Iggy Azalea, esse comportamento ficou evidente. Quando surgiram os rumores de que a australiana estaria decepcionada com Anitta, fãs da brasileira começaram a atacá-la nas redes sociais, chamando-a de “fracassada” e “recalcada”. O curioso é que muitos desses mesmos fãs ignoraram o fato de que sem Iggy, Anitta talvez não tivesse conseguido sua primeira grande chance nos Estados Unidos.
Esse tipo de reação revela o lado mais sombrio da cultura de fandom: uma mistura de idolatria cega, intolerância e necessidade de defender o ídolo a qualquer custo — mesmo que isso signifique espalhar ódio e desinformação.
4. A imagem de Anitta e o preço da ambição
Anitta sempre foi vista como uma mulher ambiciosa e estratégica — qualidades que, sem dúvida, contribuíram para seu sucesso internacional. No entanto, há uma linha tênue entre ambição e oportunismo.
A forma como ela se distanciou de Iggy Azalea, sem sequer reconhecer publicamente sua importância, fez muitos fãs internacionais questionarem se Anitta valoriza de fato quem a ajudou no caminho.
Enquanto Iggy segue fortalecendo seu império na música e nos negócios — especialmente com sua bem-sucedida empresa de criptomoedas Monther, avaliada em 200 milhões de dólares —, Anitta parece continuar envolvida em controvérsias e relações rompidas.
A comparação é inevitável: Iggy cresceu como empresária e artista independente, enquanto Anitta, mesmo com todo seu sucesso, parece acumular mais inimizades do que parcerias duradouras.
5. Gratidão é poder
A relação entre Anitta e Iggy Azalea é um lembrete de que o sucesso não se constrói sozinho. Iggy estendeu a mão a uma artista estrangeira que ainda buscava espaço e não recebeu nem o reconhecimento nem o respeito que merecia.
Anitta, com seu talento inegável, poderia ser lembrada apenas por sua música e trajetória inspiradora. No entanto, o histórico de brigas, a instabilidade de suas relações profissionais e o comportamento agressivo de parte de seus fãs têm manchado sua reputação.
No fim das contas, a verdadeira rainha não é a que domina os palcos, mas a que sabe reconhecer quem a ajudou a chegar até lá — e, nesse caso, Iggy Azalea mostrou muito mais grandeza do que Anitta jamais demonstrou.
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