A rapper e empresária Iggy Azalea surpreendeu o público ao revelar, em entrevista ao podcast Rapid Response, que sua nova fase profissional está totalmente voltada ao universo das criptomoedas.
No episódio, a artista explicou como decidiu se afastar da música, falou sobre a criação do token $MOTHER e compartilhou sua visão sobre o futuro da indústria cripto — especialmente após o retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos.
Do palco ao blockchain: a virada de chave de Iggy Azalea
Depois de anos dominando os palcos e as paradas de sucesso, Iggy anunciou oficialmente sua aposentadoria da música. A decisão, segundo ela, veio de forma natural. “Percebi que tudo se tornou repetitivo e previsível. Fiz uma turnê incrível com o Pitbull, vendemos todos os ingressos, mas não sentia mais o mesmo entusiasmo criativo”, contou.
Durante esse período de reflexão, a rapper descobriu uma nova paixão: o empreendedorismo digital. Ela começou a investir como “anjo” em startups e acabou se envolvendo com o universo das criptomoedas. “Acordar cedo para criar estratégias, pensar em identidade de marca e conectar produtos com o público me empolga muito mais hoje. A música também tem esse lado criativo, mas as criptos me deram um novo tipo de liberdade”, explicou.
Iggy também revelou que vendeu todos os direitos de suas músicas e rescindiu o contrato com sua gravadora. “Agora sou completamente dona do meu tempo. Não tenho obrigações com gravadoras ou editoras. Faço o que quero, do meu jeito”, disse.
A origem do interesse pelo mercado cripto
O primeiro contato de Iggy com as criptomoedas veio em 2021, auge da popularidade dos NFTs. “Naquela época, várias pessoas me procuraram querendo que eu apoiasse projetos, mas achei tudo meio superficial, uma bolha prestes a estourar”, lembrou.
A mudança veio quando seu irmão, entusiasta de moedas digitais, passou um tempo morando com ela e apresentou o funcionamento das meme coins — criptomoedas inspiradas em cultura pop e comunidades online. “Ele me mostrou o lado divertido e colaborativo desse universo. Foi quando comecei a estudar de verdade e entender o poder que as comunidades têm dentro das criptos”, contou.
$MOTHER: mais do que uma moeda de celebridade
Em meio a esse aprendizado, nasceu o $MOTHER, o token lançado por Iggy Azalea em 2024. A rapper faz questão de deixar claro que sua criação não é apenas uma moeda de celebridade, mas um projeto com propósito real.
“Uma moeda baseada só na fama de alguém não tem valor. É como dizer: ‘Compre porque sou famosa’. Isso não me interessa. O $MOTHER combina o espírito das meme coins — o humor, a diversão, o caos — com utilidade real no mundo digital”, afirmou.
Iggy define o $MOTHER como um híbrido entre um ativo de entretenimento e uma ferramenta de engajamento comunitário. O token representa um movimento, uma ideia, mais do que um produto financeiro. “Escolhi o nome ‘MOTHER’ porque é uma palavra simbólica. Representa força, acolhimento e liderança. É algo que toca as pessoas de maneiras diferentes, e eu adoro isso”, explicou.
Criptomoedas e política: o impacto da vitória de Trump
Com a recente reeleição de Donald Trump, o mercado cripto passou por uma grande valorização, algo que Iggy já esperava. “Durante todo o ano, a comunidade cripto estava dividida sobre o que aconteceria após as eleições. Muitos achavam que uma continuidade do governo Biden traria mais restrições e menos clareza nas regras da SEC. Com Trump, as expectativas eram otimistas”, disse.
Iggy admitiu que, embora não seja americana — e portanto não possa votar —, ela organizou suas estratégias de investimento levando em conta a possibilidade de um governo republicano. “Fiz meus planos para o quarto trimestre e o início do próximo ano acreditando que veríamos uma alta expressiva, e foi exatamente o que aconteceu”, revelou, satisfeita com o resultado.
Ser mulher em um mercado dominado por homens
Durante a entrevista, Iggy também abordou o tema da representatividade feminina dentro do mercado cripto, que ainda é amplamente dominado por homens. Com sua experiência em indústrias igualmente masculinas, como o rap, ela compartilhou conselhos para outras mulheres.
“Mesmo quando você é a única mulher na sala, evite fazer disso o foco. O ideal é buscar pontos em comum, construir conexões genuínas. É injusto, mas é a realidade. Primeiro, você precisa conquistar respeito mostrando competência; depois, pode usar sua voz para abrir espaço para outras mulheres”, disse.
A rapper reconheceu que o caminho nunca é fácil. “Ser uma mulher bem-sucedida é sempre injusto — as regras nunca são as mesmas para nós. Mas se você quiser vencer no jogo atual, precisa jogar com inteligência. É sobre estratégia, não sobre conformismo”, completou.
Uma nova era para Iggy Azalea
A transição de Iggy para o universo cripto marca o início de uma nova fase em sua carreira — uma em que ela não depende mais de gravadoras, clipes ou paradas musicais para se manter relevante. Hoje, ela é vista como uma empreendedora visionária, capaz de unir cultura pop e inovação digital de forma única.
“Com o $MOTHER, não quero apenas lançar uma moeda. Quero criar uma comunidade, um movimento. Quero que as pessoas se divirtam, aprendam e se sintam parte de algo maior”, afirmou.
Ao que tudo indica, Iggy Azalea trocou os holofotes da música pelos códigos do blockchain — e está mais poderosa do que nunca.
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